Relato_reunião_Comando_de_Greve_24.09.08

Segue a transcrição da reunião que a Cristina Tardin (presidente da APP) teve com a Inalda (presidnete da ASDUERJ):

Citação :

Pessoal:

Tive hoje reunião com a representação do Comando de Greve formado pela presidente da ASDUERJ, Inalda e 2 representantes do SINTUPERJ, em nome do Armando (?), com o objetivo de saber a avaliação que teve o pleito da APP, apresentado na assembléia comunitária de 18/09/08 e de iniciar a discussão do tratamento de excepcionalidade para o CAp UERJ durante a greve.

Inicialmente, a meu pedido, Inalda relatou o encontro dos representantes da ASDUERJ, SINTUPERJ e Grêmio do CAp com o Secretário de Ciência e Tecnologia, que aconteceu ao final da bicicleata de ontem. O Secretário teria feito a mesma fala do encontro anterior, afirmando que não haveria reajuste, apenas o plano de carreira proposto pelo Governador para os professores, ainda a ser remetido ao Conselho Universitário e posteriormente à ALERJ, até dezembro, segundo ele.

Segundo a ASDUERJ, deste plano oferecido pelo Governo, os professores apenas tem conhecimento de uma tabela de pisos mínimos, com valores 30% maiores que o plano aprovado pelo CONSUNI. Sobre este último, a ASDUERJ informou que o Secretário afirma que foi julgado inconstitucional, pela própria Secretaria de Ciência e Tecnologia, por não estar previsto no orçamento.

A única diferença observada no discurso foi com relação aos estudantes, pois, desta vez, teria havido uma fala mais branda sobre a ocupação e promessas sobre o bandejão e a contratação de ônibus inter-campis.

Passados os informes sobre a reunião com o Secretário, Inalda falou que a ASDUERJ reuniu-se com SINTUPERJ e com a representação dos professores do CAp e que as conclusões sobre o nosso pleito foram:
1. não concordavam com a saída do CAp da greve, pelo menos não neste momento, pois isto enfraqueceria muito o movimento;
2. que a APP conversasse diretamente com o professores do CAp sobre o assunto.

Argumentei, então, que:
1. realmente, é visível que o CAp é um dos pilares de sustentação desta greve, até mesmo pela presença maciça dos alunos na bicicleata, no entanto, consideramos muito injusto que recaia justo sobre o CAp esta responsabilidade tão grande;
2. nosso primeiro contato foi com os professores representantes do CAp junto à ASDUERJ, até por orientação da Direção da escola, inclusive chamando-os a participar da Assembléia da APP; no entanto, o encaminhamento foi que procurássemos o Comando de Greve, até porque o movimento é de toda a UERJ e não só do CAp;
3. foi o que fizemos na última quinta-feira, portanto, não gostaríamos de ser tratados como peteca, sendo jogados de um lado para o outro;

Perguntei, ainda, sobre sua fala quanto ao “CAp não sair da greve, não neste momento”, se havia o entendimento quanto a um prazo máximo. Ela reafirmou que a greve deve ter vida curta e que há pelo menos 3 caminhos em discussão:
1. parar já, esperar o Reitor voltar para reiniciar conversação e, se nada acontecer, recomeçar a greve;
2. negociar até as eleições, porque o único motivo que faz o Governo estar “conversando” agora é o seu interesse em fazer seu candidato à Prefeitura ganhar e, depois, retroceder, caso ele ganhe;
3. caso o candidato vá para o segundo turno, estendem-se as negociações até o segundo turno e a partir daí, então, deverá haver total desinteresse do Governo em negociar e o movimento deverá retroceder.

Inalda propôs, então, a realização de uma reunião com APP, professores do CAp, ASDUERJ, SINTUPERJ e Grêmio, de preferência no próprio CAp, que ela articularia para a próxima semana em data a ser confirmada. Concordei com a proposta e encerramos a reunião.

Cristina Tardin Rio de Janeiro, 24/09/2008.

Oi /Cristina e Marcelo
Agradeço a boa transcrição da reunião.
Vou postar nos grupos. Embora não haja a resposta por todos esperada, entendemos que eles, sindicalistas, se encontram num impasse: se o Cap está fomentando a mobilização, muito mais do que a própria UERJ, isto inclusive evidenciado na bicicleata, que foi lotada pelos alunos do Cap, então não há como ignorar uma negociação conosco, legítimos representantes de nossos filhos. Neste ponto a reunião foi produtiva e encaminhada, uma vez que haverá reunião na próxima semana, para a qual devemos estar bem preparados. Não há como conversarmos antecipadamente com o grêmio? Não faz sentido o grêmio ter posição diferente daquela tirada por nós. Por outro lado é evidente que eles estejam sendo conduzidos. De qualquer maneira sugiro que façamos trocas: movimentos coordenados que evidenciem a situação da Uerj, de preferência em finais de semana, em locais de ´presença popular, se é para chamar atenção, então que o movimento fique evidenciado, e com alunos e pais participando, mas com retorno imediato às aulas!!!! Do contrário o que se terá será esvaziamento, e isto não é uma ameaça, mas simples constatação de que à falta de planejamento aliada à baixa motivação determinará o fim de algo que já não começou bem, e que conta com muitas divisões. Não creio que o governo esteja preocupado com o fato de perder alguns votinhos para seu candidato. É certo que para incomodar precisa muito mais que isto. É certo também, que angariar a simpatia dos pais de alunos do Cap, e do grande grupo de alunos da UERJ, é que pode resultar em algo político verdadeiro, e não meramente politiqueiro. Não é possível que a cada dois anos haja paralizações pontuais e eleitoreiras. É muito importante que se determine as reivindicações e que não se fuja do foco, lotando as assembléias nas datas que se votam assuntos relacionados ao financiamento da UERJ, sua sobrevivência e seus funcionários. Assim como nos assuntos levados ao supremo. Não lembro de nenhuma convocação neste sentido!!!!~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~