Re: Fw: Resposta da Asduerj ao reitor e governador

Coloco abaixo um encadeamento de 3 emails:

Citação :

Perfeito! Numa democracia as idéias são mesmo conflitantes. Quanto a aderir à greve, é só dar uma passadinha na UERJ e depois no CAP. A impressão é que se tem é que somente o CAP é que está em greve e a UERJ funcionando a todo vapor. Concordo com a Sra. Flávia, não devemos ser "vaquinhas de presépio" e concordar com estas férias, digo, "greve" e ficarmos passivos.
Henrique Carlos

--- Em ter, 23/9/08, flavia gonçalves coelho de souza e oliveira escreveu:

De: flavia gonçalves coelho de souza e oliveira
Assunto: Re: [CA2005CAP] Re: Fw: Resposta da Asduerj ao reitor e governador
Para: CA2005CAP@yahoogrupos.com.br
Data: Terça-feira, 23 de Setembro de 2008, 18:43

Boa noite a todos,

Mais uma vez estamos aqui numa nova greve. Em 2006 foram 03 meses. Para quê?
Acho uma convocação dos professores do Cap para uma assembléia com os pais uma boa idéia, desde que fique claro que é necessário preservar a liberdade de expressão das idéias de todos forma respeitosa.
Não é necessário confronto verbal. As instâncias jurídicas preenchem isto.
Será que todos os professores do Cap concordam com a greve?
Várias unidades da UERJ não aderiram a greve. A grande maioria não se sente representada pela ASDUERJ.
Acho que os pais têm que se mobilizar para pedir uma orientação jurídica e/ou ir MP paralelamente a greve. É também uma forma de sabermos até aonde podemos ir e se vamos nos impor limites ou não. Consenso não iremos ter. De forma alguma estamos contra os professores. Sou contra o Cap estar neste balaio de gatos com nossos filhos no meio.
Por várias vezes a ASDUERJ têm nos ignorado ou tentado nas assembléias torcer nossos objetivos.
Sinceramente com eles não há diálogo.
O conflito que gera a falta de aulas no Cap interessa para este tipo de movimento, por isso não há negociação ou sequer a discussão de uma maneira diferente de protestar para o Cap.
Teremos outras greves sem dúvida, resta saber se continuaremos sem reagir de forma contundente frente a este inaceitável e abominável desrespeito a um dos princípios fundamentais, que seja o direito à educação de nossos filhos.
Flávia


Em 22/09/08, Marcelo <vilardo@uerj.br> escreveu:
Caro Fred

Também concordo que não seja a opinião da maioria e também lamento que tenha
sido a solução final para as negociações sobre as melhorias da UERJ. Mas
como vemos as propostas do governo são divisionistas e não querem que as
bases da UERJ imponham suas prerrogativas. Mas se não foi a maioria que
deliberou essas propostas para o governo, foi sua representatividade de meia
dúzia de pessoas, que em sua assembléia apoiaram a favor. Só lamento que nas
assembléias a grande maioria não participa e nem se interessa em saber o que
se propõe, que eu sei que não é o seu caso e nem da APP e de outos pais que
estão interessados na melhoria do CAP, e estamos sempre questionando onde se
pode melhorar. Mas no final o que prevalece são sempre as propostas dessas
meia dúzia de pessoas que representam toda uma categoria. O que se fazer
então? Sugiro aumentar a participação e o envolvimento de todos nesse
processo de negociação. O primeiro passo tem que ser dado, dizendo sim ou
não nas assembléias e promovendo essas reuniões com todos o pais de um foma
que seja bem representiva enõ apenas uma mer avaliação do processo. Essa é a
democracia em que vivemos escolhemos, só nos resta exercê-las...
Abraço a todos.
Marcelo.

----- Original Message -----
From: "Friedrich Herms" <fwherms@terra.com.br>
To: <CA2005CAP@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, September 22, 2008 4:08 PM
Subject: Re: [CA2005CAP] Re: Fw: Resposta da Asduerj ao reitor e governador

> Caro Marcelo
>
> VOce viu o descalabro de mentira que a ASDUERJ colocou em seu counicado
> a respeito da APP quando afirmava que a APP reconhecia a ASDUERJ como
> representante legal dos professores para discutir a GREVE?
> Isso foi verdade? pois na carta da APP não tinha nada a este respeito.
> Se foi , aconteceu um grande engano, pois vejam a quantidade de
> professores que não ocncordam com a posição da ASDUERJ.
> O que acontece é que sempre 6 duzia de coligados é que aparecem nas
> reuniões e desta forma se dizem representantes dos demais. Assim
> acontece com o CAP.
> Desta forma reforço a necessidade de promovermos uma reunião geral dos
> professores do CAP para tirar em assembléia dos professores do CAP a
> posição a respeito da greve.
>
> Caso nada disso adiante, sugiro entrarmos no ministério público contra a
> ASDUERJ por fomentar o desrespeito ao ECA impedindo os alunos de
> receberem uma educação que tem direito constitucional.
>
> Abraços
> Fred

Citação :

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From: Luiz Fernando da Mota Azevedo
Sent: quarta-feira, 24 de setembro de 2008 21:42
To: CA2005CAP@yahoogrupos.com.br
Subject: Greve que prejudica a educação formal de crianças é Legal?



Com todo o respeito a todos que se posicionam a favor da greve, continuo contrário a ela.
É retórico afirmar que a greve é um direito inalienável dos trabalhadores.
Nós, os pais das crianças do CAP também somos trabalhadores e compreendemos perfeitamente as justas demandas do mundo do trabalho.
O que somos contra é fazerem uma greve que prejudica a educação formal de crianças. Elas não são trabalhadoras. Não parece óbvio???

Diz a Lei, através do estatuto da Criança e do Adolescente:
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.



Afinal, a greve atual é contra essa Lei? Se for, podemos pensar em atualizá-la para melhor. Se não, então ela deve acabar para não ser acusada de ilegal!!!

Penso que essa discussão deve continuar: na APP!!! O que acham os Pais e Responsáveis?



Abraços,

Luiz Fernando Azevedo

Citação :

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From: CA2005CAP@yahoogrupos.com.br [mailto:CA2005CAP@yahoogrupos.com.br] On Behalf Of Walter Kohan - UERJ
Sent: quarta-feira, 24 de setembro de 2008 23:16
To: CA2005CAP@yahoogrupos.com.br
Subject: RES: [CA2005CAP] Greve que prejudica a educação formal de crianças é Legal?


Penso que temos que separar algumas coisas. Há razões muito fortes para a greve. A UERJ vive uma crise muito forte. Só para dar um exemplo aos que não trabalham lá: nos últimos anos já caíram vários pedaços da laje, o prédio não tem o orçamento que precisa para manutenção, metade dos banheiros não funciona, se uma pessoa quiser fazer suas necessidades mais urgentes na UERJ dificilmente encontre um banheiro com higiene ou papel higiênico, enfim, não quero entrar em mais detalhes, mas há muitos anos que os governos do estado desatendem literalmente a UERJ. E os salários podem ser menos piores que os de professores de escolas públicas estaduais mas são certamente piores que os de todas as universidades federais (os professores da UERJ, do CAP inclusive, são professores universitários) e inclusive que os da Universidade Estadual do Noroeste Fluminense em Campos. E os professores do CAP tiveram que investir muito tempo na sua formação, num concurso público, enfim, oito anos sem reajuste salarial mesmo com inflação de um dígito por ano significam uma perca salarial importante para qualquer um. E ainda há outros fatores, como que a UERJ não tem quase nenhuma infra-estrutura para alunos como bandeijão, residência, etc. Enfim, a situação da UERJ é sumamente crítica e em contínuo deterioro.

Por outro lado, a greve é legítima, sim. Está amparada no direito nacional e estudual e esta greve em particular tem seguido as instancias legais vigentes e os procedimentos estatutários de qualquer associação do servidores. Em tudo caso, como em toda greve que afeta serviços essenciais gera-se um conflito de direitos quando os direitos de outros são afetados. Mas essa é precisamente a lógica de toda greve, nos guste ou não. Mas ela náo é ilegal, de forma alguma.

Feito esse esclarecimento, devo dizer que eu sou contra a greve. Acho ela inorportuna, inconveniente e não vejo claramente quais os benéficios. No sistema que vivemos, os governantes atuam seguindo interesses e não vejo claramente quais interesses afeta nossa greve como para ter uma resposta afirmativa às reivindicações justas que a motivam. As condições políticas atuais me levam a pensar que a greve pode se alastrar por meses, sem nenhum previsão de ganho nas reivindicações. Fui na Assembléia de hoje na UERJ e votei contra a greve, mas a maioria dos professores decidiu pela continuidade da greve. Posso pensar – e penso – que é uma decisão equivocada, posso considerar que ASDUERJ tem uma visão política estreita, que as assembleias como a de hoje são espaços para a politicagem do que a política, mas penso que há que se respeitar essa decisão porque ela é legítima. Podemos discordar da greve e dos procedimentos de uma associação de docentes mas se ela é de pleno direito ou a aceitamos ou mudamos as regras do jogo político e criamos um novo estado de direito.

Nesse contexto, duvido do que fazer neste momento. A via da confrontação jurídica com ASDUERJ parece-me desgastante e incerta. Há curto prazo não parece que nada de muito diferente possa surgir das próximas assembleias de professores da UERJ. Em tudo caso, uma coisa parece-me certa: devemos participar e favorecer toda instancia que ative a voz, a participação e o papel dos professores do CAP e da UERJ, sobre tudo aqueles que não estão participando das assembléias. Em tudo caso, a falta de participação e diálogo só vai favorecer o esvaziamento da universidade e o prolongamente do estado de coisas, greve incluida.

Um abraço, walter kohan

Citação :

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From: José G. Gondra
Sent: quinta-feira, 25 de setembro de 2008 00:01
To: Luiz Fernando da Mota Azevedo; CA2005CAP@yahoogrupos.com.br
Cc: Marcelo Buzzatti; Walter Kohan
Subject: Re: Greve que prejudica a educação formal de crianças é Legal?


Segue mensagem que enviei aos pais da turma 22
J. Gondra

Caros.as responsáveis de alunos.as da turma 22

A assembléia de professores acabou de ser encerrada. Foi uma assembléia tensa e muito dividida. A votação final, diferente do que consta na nota da ASDUERJ abaixo demonstrou o que estamos vendo na prática. Parte expressiva da Universidade funciona normalmente, outras parcialmente e, apenas algumas unidades, parecem ter paralisado completamente suas atividades. Uma delas é o CAP. Como as greves anteriores, esta se anuncia longa, o que nos obriga a pensar se é esta escola que queremos para nossos filhos.
Em um curto retrospecto, tivemos um ano iniciado em meados de março, com atividades sem aula, como foi o caso de artes, suspensões de aulas de véspera, término antecipado do primeiro semestre, o segundo semestre sendo iniciado sem as atividades da tarde na primeira semana e, agora, uma greve como esta.
O diagnóstico da crise é consensual. A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) vive uma crise profunda, resultado de anos de descompromisso de sucessivos governos com o crescimento e incremento da inteligência em nosso Estado. Orçamento sabidamente insuficiente, salários sem qualquer reajuste há oito anos, péssimas condições para trabalhar e estudar. Como consequência nefasta dessa crise, atualmente uma greve de professores paralisa a UERJ e seu Colégio de Aplicação, com efeitos que agravam ainda mais as já deterioradas condições de pesquisa, ensino, aprendizagem e criação.
Sabemos também que o governo do estado, neste momento, joga todas as suas energias nas eleições municipais, condição para assegurar o projeto de reeleição do atual governador. Neste momento, apesar da importância que atribuímos à UERJ, ela é pequena diante dos interesses eleitorais em curso, o que fragiliza ainda mais este instrumento já tão combalido, tão desgastado.
Ë necessário apostar em outras formas de governo, inclusive das próprias lutas sociais. Criticamos formas arcaicas de governar, respondendo a elas com mecanismos envelhecidos. Talvez, o resultado seja o mesmo das várias greves travadas nos últimos anos. Queria passar uma mensagem otimista, mas o quadro que assisti hoje não permite.
Lamentavelmente o descaso do governo estadual continua. Lamentavelmente uma parcela do professorado da UERJ só enxerga a greve como instrumento de luta.
Tenham, se possível, uma boa noite, pois nossos filhos acordarão sem escola e sem compreender muito bem isto, até porque o CAP não pensa e não propõe nada que os envolva. Aliás, nem um aviso formal de início da greve veio, sequer um bilhete na agenda. Assim, fica difícil acreditar em mobilização a partir da greve, fica cada vez mais difícil acreditar neste instrumento.


José Gondra

Prezado Marcelo e demais integrantes da diretoria da AAPP,
Solicito meu nome seja retirado da moderação dos tópicos. Isto foi necessário quando ninguém acessava o fórum da APPP . Neste momento, me parece que tal como futebol todos são especialistas no movimento docente. Todos julgam a ASDUERJ e, infelizmente, nem se quer buscam saber o compromisso e o histórico sindical dos “professores” que hoje se dizem contra a ASDUERJ e criam um Fórum com uma aparência de bons moços e moças que podem calcular tudo sobre um plano de carreira que TODOS ( inclusive os tais) desconhecem. Não vou solicitar meu desligamento da entidade APPcap ( não faz meu estilo), não vou questionar a representatividade da entidade ou da sua Diretoria ( não faz meu estilo também) . Todos estes anos que eu estive na condição de mãe de aluno poderia (pois nunca fui impedida) ter me candidatado, mas não o fiz e mais que isso legitimei a atual diretoria com o meu voto de associada. Só peço que meu nome não fique exposto como moderadora ( apenas como usuária), inclusive, por que não estou podendo exercer este papel. Precisamos todos os docentes adjuntos traçar metas para chegarmos à categoria de associado (nem precisamos mais fazer prova para TITULAR – a diferença salarial é mínima) e , segundo os amigos do GOVERNADOR,( VIA REITOR) TEREMOS UM AUMENTO ESPETACULAR, A PARTIR DE DEZEMBRO. PENA QUE UMA CARTA ( essa foi a única atitude da REITORIA) tenha o poder de enganar de tal forma as pessoas que se esquecem que o “mui amigo” acabou de cortar 6% das verbas que poderiam estar possibilitando alguns bons ganhos para estrutura do CAP. Enfim, ninguém pode ou deve ser impedido de ser “amigo de urso” .
PS: NA greve de 2006 a UERJ não produziu uma passeata maior que a do CAP, inclusive com um dia de atividades e nem por isso se acredita que o CAP levava a greve nas costas. Menos, por favor!
Atenciosamente,
Simone Fadel

Proposta :Em nome do Direito à Educação que a AAPP entre com uma ação contra o Governo do ESTADO junto ao Ministério Público. Além do problema da greve, temos falta de concurso público para docentes da UERJ /CAP, falta de estrutura física , falta de laboratórios, falta de tudo que ,motivou, inclusive, a busca de soluções neste espaço através dos grupos de trabalho. Quem sabe assim a Lei citada e bem conhecida possa fazer valer! Acredito que todos os professores do CAP e da UERJ vão colaborar e concordar com este movimento.

Prezada Simone,

Entendemos e respeitamos seu desejo de não ser moderadora do forum. Já providenciamos a alteração.

Achamos importante que voce continue disposta à continuar no forum, pois é fundamental que as diferentes opiniões e posições sejam compartilhadas, sempre de uma forma construtiva e respeitosa.

Sem dúvia a sua experiencia é importante para o grupo.