Reunião dia 26- Dúvidas ( e-mail enviado à APP)

Prezada Cristina,

Embora minha vida esteja bastante confusa com minha mãe doente e prestes a operar ( como é do conhecimento da Rosangela) , farei todo o esforço para ver e conhecer os pais que querem estabelecer uma briga judicial com os professores dos seus filh@s.

Gostaria de saber como vocês estão convocando os pais que não possuem e-mail? Será que todos os pais do Cap tem e-mail? Será que eles usam e-mail? ou será uma assembléia para alguns pais? Isto é importante, pois claro que os grupos que se organizam em listas estarão lá e os outros. Todos os pais precisam ser avisados de alguma forma. Sugiro convocação por edital publicado em jornais de grande circulação, assim pelo menos neste caso, ocorrerá a lisura do processo convocatório.

Está no estatuto da APP que os pais não associados tem o mesmo direito a voto que eu? Como a APP pode tomar uma decisão e me representar se a maioria dos pais presentes não forem associados?

Espero poder estar lá para guardar na memória e na história os responsáveis pela divisão do CAP_ UERJ e, mais, pelo comprometimento da APP com esta medida absurda.

Lembro, ainda, que dia 26 ocorrerá uma audiência pública cm a comissão de educação da Alerj e quem sabe não seria muito mais produtivo para o fim da greve ( não é o que todos desejam?) que os pais estivessem lá e não “bolando”ou ratificando medidas judiciais contra os docentes? Me parece que algumas pessoas não desejam realmente que os pais conheçam o que ocorre neste movimento, caso contrário, estariam na Alerj ocupando os espaços que podem não só dar fim a greve, como também dignidade profissional aos professores da Universidade ( o CAP faz parte dela e muitos esquecem). Além, disso que interessante seria levar o dossiê sobre as condições físicas do CAP para esta comissão. É uma pena que não se entenda que os movimentos não devem e não são conflitantes.

Enfim, são outros caminhos para o término da greve pelo retorno as aulas,não? Estranho este caminho tomado pela APP marcar no mesmo dia da reunião com a Comissão da Alerj , na verdade, uma audiência pública, sua reunião.

PS; Solicito uma cópia desta medida judicial e /ou seu número para estudá-la ( me parece que ela já existe,não?)antes da assembléia,inclusive envio esta mensagem, também, para a Asduerj requerendo apoio do setor jurídico da mesma para qualquer dúvida quanto ao mérito do processo e desta forma não me basear apenas nos “achismos” e emoções que podem sem querer ( ou sem estarem suficientemente esclarecidos) levar o conjunto de pais a aprovar medidas prejudiciais ao corpo docente.

Esta é uma mensagem pública e pode ser divulgada se for do interesse das entidades.

Simone Fadel – Mãe do Pedro Luiz- turma 61 – associada da APP desde 2003.

Acho bastante interessante se falar em representatividade. Pelo que eu saiba a uerj tem aproximadamente 2000 professores e a continuidade da greve foi decidida por 164, segundo o site da ASDUERJ, ou seja menos de 10% decidiram pelo todo e, ainda, não lembro de ver publicação da convocação no jornal.

Os que não foram abriram mão de sua opinião e, nem por isso, veio alguém reclamar do fato.

Acho que ficar contra ou a favor é uma posição pessoal (e neste caso também familiar) e não deve haver qualquer tipo de pressão ou ameaça para tal.

Quem puder e quiser comparecer, que compareça e dê o seu voto, contra ou a favor, de acordo com a sua forma de pensar. Chega de ameaças para os que são contra o movimento, pois a legitimidade se faz pelo convencimento e ninguém me convenceu que ele está valendo a pena.

E para finalizar a convocação é para que se faça uma medida judicial para o retorno às aulas e não para prejudicar os professores.

A propósito:

Simone, você está escrevendo isso como professora da UERJ ou como mãe de aluno???? Isto está me parecendo legislação em causa própria.

Sugiro que se aprecie os pontos levantados. O que determina o estatuto? Pelo que percebi, nas votações anteriores, tanto da app quanto da asduerj, não têm sido tomados tais cuidados, se é que existe algo que limite as representações à simples inscrições cadastrais. De qualquer forma é bom que se cumpra determinações para que não haja questionamentos.
Embora eu, em particular, tenha defendido que procuremos medidas cabíveis, em especial contra o GOVERNO, mas que protejam, de uma vez por todas as crianças, não acho justo que se coloque no ombro dos pais a culpa por uma divisão na universidade que decorre de tantas medidas, de um lado e de outro, que não viabilizam qualquer forma de acordo.
Já existem medidas judiciais, independentes das ações dos pais, em andamento, visto as últimas notícias que chegaram :
"Caros colegas
>
> Queria só dar uma notícia que circulou aqui na Uerj ontem. Na hora
do
> almoço percebemos um movimento acima do normal na reitoria, houve
até
> boatos de uma nova invasão por parte dos alunos (a "rádio corredor"
aqui
> é terrível e muito pouco confiável). Depois recebi notícias que
veio do
> nosso diretor sobre o que houve. Bom, é preciso lembrar que na
reunião
> que tivemos com o Reitor, ele havia mencionado alguma ação judicial
que
> ele sabia extra oficialmente, mas não sabia os termos exatos, mas
que
> teria conseqüências graves. Inclusive, quando o Miguel chegou, ele
> mencionou isso ao diretor do Cap também. Pois bem, ontem ele
convocou o
> Fórum dos Diretores em regime de emergência para notificar que "vai
ter
> que cortar ponto por motivo de uma decisão judicial" e que ele não
> arcaria sozinho com as conseqüências, já que os diretores enviam a
ele
> presença integral de todos os professores de todas as unidades.
> Isso vai ter reflexo imediato nessa greve.
>
> Um abraço a todos."

Continuando o meu discurso:

Observe-se que são impostos encaminhamentos, muitos, por profissionais da educação, outros tantos por profissionais de sindicatos ou outros com cunho unicamente político (também por parte do des-governo), sem qualquer busca de entendimento com os responsáveis legítimos pelos alunos do colégio. O que defendo é que não sejamos joguetes de qualquer lado. Defendamos sim o ensino público, mas que fique claro o teor do que é proposto, mas pleiteando também as aulas das crianças, como mecanismo necessário do processo (não apenas educando mas politizando) . Parece óbvio que cada setor tem seu ponto de honra, o nosso, dos pais, em geral (com base nos discursos, a que temos acesso) é presença dos alunos no colégio. Incluídos no processo, os alunos, junto aos seus responsáveis, esclarecidos, e sendo convocados a participar, sobre as necessidades do Colégio, dos funcionários e professores, onde estudam, apoiariam, sem dúvida, as justas requisições. E o governo estaria obrigado, diante de clamor popular, a se manifestar positivamente, e não da forma pra constar ou capenga, como tem se manifestado.
A questão agenda, creio que ficou apertada para todos, pois nem se sabe ao certo a questão fundamental que se coloca de imediato que seria a votação na alerj do PCD. Pelo que vi há uma dúvida sobre o dia da votação na Alerj dia 26 ou 27?
Mas é importante notar que o incômodo da possível falta de apoio dos pais da presença necessária na Alerj diante da comissão de educação (para qual foram enviadas diversas correspondências) é diretamente proporcional a falta de sensibilidade do movimento aos pedidos e súplicas mesmo, dos pais. Também os alunos gostariam de olhar fundo no olhar de seus professores, mas cadê eles, e cadê os alunos?
Alunos/pais/professores, compõem um sistema e para que funcionem bem precisam estar unidos. E realmente gostaríamos de passar a nossos filhos algo que não estamos tendo, um mundo onde coisas em comum sejam simplesmente encaminhadas no mesmo sentido, cercadas unicamente pela cerca da verdade.... Assim, novamente solicito àqueles que são do ramo do direito, ou especialistas em direito educacional, se é que o termo exista, que se pronunciem ou façam indicação para que se tenha opções razoáveis e justa para todos. A briga contra os professores não nos interessa. Nesta guerra absurda só o governo tira vantagens... que seria não pagar o que é de direito (tanto aos funcionários/docent. quanto aos investimentos na universidade).... E todos nós somos os bonequinhos divididos e nos agredindo sem o menor sentido. Abraços Tamine

Raqfei! Entro neste forum desde muito antes da greve....Vamos parar de tentar ser defensores da moralidade e pensar um pouquinho,ok?
Sou professora adjunta da Uerj. Fiz Doutorado na USP, programa com pontuação máxima na CAPES! Isso não me identifica aqui, não é mesmo? Mas SImone , mãe do Pedro .... é identificável para todos. Então sua crítica não tem pertinência é tolinha e de má fé.
VoCê só deu as caras aqui com a greve e eu que estou legislando em causa própria? Outra crítica tolinha e de má fé.
Chega ...Não é possível que ninguém possa parar esta mania de distorcer o que se tenta dizer e ainda por cima tentar se acreditar correto e digno.
Vão cortar o ponto? A greve é ilegal? E os dias cortados serão repostos? Papo quente para os moralistas de plantão.
Será mesmo que ninguém sabe que a greve ( ou a luta dos docentes) cumpre um ciclo com a reunião do CONSUNI?
Será que o ministério público vai processar os pais por não ter pedido outra vaga para seus filhos em escolas públicas?
Estão dizendo por aí.....
Não acho justo que se vote pela internet ou que se vote sem ser filiado nem na ASDUERJ e nem na APP. Não vou criar caso por isso, mas as entidades deveríam fazer uma campanha de filiação pois são seus filiados ( e sua história) que dão legitimidade as suas ações.

Duas só e chega de vocês por mais um tempo:

1- Estou pensando mesmo em processar a pessoa que de alguma forma indicar que não cuido da educação do meu filho porque estou em greve. Não é ameaça é fato.

2- Assembléia no dia 26 ? Já fizeram o que alguns pais queriam,não? cortar o ponto dos docentes. Assim, sem grana retornam....será? Eita coisa coisa mais sórdida...Lecionar nessa Universidade/Colégio vai ser tudo de bom!

Não sem quem é Raqfei ! Homem? Mulher? pai? Profesor? Policial? deveria conhecer? Peço desculpas, pois suas postagens aqui são recentes e ainda não vi vc se identificar. Claro que ainda não vi esta mensagem.Verei...

Você acha mesmo que a ASduerj precisa colocar que tem assembléia no jornal? Bobito isso!

Mas é realmente grave e interessante que a greve continue, mesmo que 100% não compareça a assembléia! Vai ver não acham o PDC do governador interessante ou não estão nem aí mesmo. Pena mesmo... já sabemos que está imobilidade só leva ao caminho de uma nova onda de insatisfação. Aí as vozes caladas reaparecem aflitas e donas da verdade. Mães calorosas que dfendem seus filhos/as. Tem muitos que gritam e fazem barulho em casa , mas a maioria é um doce.
Será que algum débil acha que adoro ver meu filho sem aula? Pelo menos sei que participei de cada passo dessa luta, para que ela terminasse ( vitoriosa) ,mas o mais rápido possível. Assim, limpando o terreno das ameaças psicológicas e/ou tolas vamos pensar que todos queremso aula e um CAP melhor, mas alguns vivem a realidade de lecionarem na UNiversidade ( ganham a vida para educar seus filhos assim ....trabalhando) e aí a coisa não é tão simples como parece .
Outra coisa , engraçado que vi em 2006 vários colegas entrarem em greve sem discutir, mas hoje se dizem do grupo do reitor. Tristes figuras estas que aparelharam nossa luta,mas pelo lado avesso ( o do contra)!

Prezada Simone,

Gostaria de lembrar-lhe que "O DIREITO DE UM TERMINA QUANDO COMEÇA O DO OUTRO", gostaria muito que voce e todas as outras pessoas/professores que vem criticando as reações dos pais do CAp contra a paralização irracional da educação de seus filhos, lembrassem bem dessa frase quando desfraldarem as "bandeiras" com "O meu direito de greve", lembrem-se que as crianças e adolescentes tambem tem seu "DIREITO A EDUCAÇÃO" garantido na Constituição. Se voces querem reclamar do salario que recebem, reivindicando aumento e melhores condições de trabalho, voces estão no seus direitos, só não podem atropelar os direitos de outros nessa sua reinvidicação. Este é o principio basico.

Acho totalmente equivocada e cheia de ranço sua afirmação de que quer ver a cara dos pais que querem colocar os professores na justiça, como se fossemos os "os inimigos da causa".
Equivocada por que ninguem está entrando na justiça contra nenhum professor, nem contra a escola, primeiro porque, nós pais, não vemos os professores como inimigos, como voce e outros professores signatarios das "moções de repudio" tentam colocar, muito pelo contrario, os professores do CAp são nossos parceiros na educação de nossos filhos e a eles queremos o melhor, e a escola é a que escolhemos para nossos filhos estudarem e lutaremos por melhorias sempre, nem que para isso tiremos do nosso proprio bolso.
Para te informar melhor a ação pretendida é contra a Universidade para que cumpra o que manda a lei quanto ao direito de educação continuada dos alunos da unidade Inst. Fernando Rodrigues da Silveira, o CAp, conforme o que tambem é determinado no ECA, já que os referidos alunos são crianças e adolescentes. Como a determinação judicial será cumprida não compete a nós pais definir, a direção da Universidade e do Instituto é que deverão definir que medidas administrativas devem ser tomadas para que a lei seja cumprida.
Como voce pode ver, não estamos contra nenhum professor nem contra a greve, apenas estamos reinvidicando os direitos de nossos filhos de terem aulas e férias normalmente como todos os outros estudantes desse país, da mesma forma que voces professores estão reinvidicando os seus direitos.

Quanto a assembleia da APP, não há nada de irregular, pois a APP representa TODOS os pais e professores do CAp, como bem diz a sua denominação, não apenas os socios da mesma, nos seu estatuto não há referencia a ser necessario ser socio para votar nas assembleias, apenas que precisa ser pai ou professor do CAp.
Da mesma forma aje a Asduerj, nas votações das assembleias votam todos que forem professores da Uerj, socios ou não.

Foi voce quem cobrou que a assembleia da APP fosse convocada por anuncio em jornais, o colega Raqfei apenas fez a correlação com a Asduerj, que tambem deveria fazer o mesmo, aí voce ironizou! Ora, o que serve para uma tambem serve para a outra. Se a Asduerj não precisa por anuncio, porque a APP precisaria?

Acho que os pais não devem comparecer na Alerj, não é assunto dos pais o que está para ser votado, isso seria usar os pais para pressionar um resultado de interesse do movimento.

A seguir copiarei, para sua leitura imparcial, uma resposta de uma mãe tambem servidora da UERJ, como voce, que respondeu ao seu e-mail transcrito para o grupo Unindoparaconstruir pela Tamine.

Lucio Vasconcellos

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Prezados Senhores, amigos e aqueles que não conheço

Pensei muito se entraria neste debate ou não. Mas percebi que deveria
me manifestar, ainda que possa sofrer muitas críticas. Bom, mas estas
fazem parte de um bom diálogo.

Em primeiro lugar, gostaria de destacar que está sendo colocada aqui
uma oposição amigo-inimigo completamente absurda. Com perdão da
brincadeira, me senti pertencente ao lumpen-proletariado, "esse
produto passivo da putrefação das camadas mais baixas da velha
sociedade, [que] pode ser arrastado ao movimento por uma revolução
proletária; todavia, suas condições de vida o predispõem mais a
vender-se à reação". Não apoio esta reitoria, nem o governo do Estado,
mas também não faço parte daqueles que concordam com esta greve do
jeito que está aí. Então, onde fico? Para um e outro lado, faço parte
da massa manipulável pelo "outro", aquela figura monstruosa do inimigo
oculto.

Mas, o que vi de mais grave é a manifestação de alguns que colocam os
pais de alunos, muitos que não fazem parte do quadro funcional da
UERJ, não conhecem as lutas internas da universidade, as divergências
irreconciliáveis, como inimigos pelo simples fato de lutarem pelo
direito de seus filhos, menores de idade e sob suas/nossas
responsabilidades, de terem sua educação. Eles não são inimigos. Assim
como nós, funcionários da universidade, também não somos inimigos.
Todos temos o objetivo comum de lutar pelo ensino de qualidade para
nossas crianças, adolescentes e os jovens adultos universitários.
Discursos, palavras de ordem em defesa de, este sim, na minha opinião,
um interesse individual (ainda que de um grupo, que poderia ser
chamado de coletivo; então coletivo, pelo que sei, serve para os pais
dos alunos do CAP que querem o retorno dos filhos à escola) de uma
categoria, não faz nada mais que afastar, ainda mais, aqueles que
poderiam estar na luta pela defesa da UERJ.

Não se deve ir à assembléia como quem vai a uma guerra. Saber rostos e
nomes do seus "inimigos". Deve-se, sim, debater pelo melhor caminho
para luta, que reconheça as singularidades de cada situação. E, mais
ainda, é um absurdo exigir destes próprios pais que estão sendo
tachados de inimigos que venham a lutar na ALERJ pelo PCD. Bom, eu não
irei lutar! Não entrarei aqui nos motivos que me levam a isto, neste
espaço. Não cabe. Eles fazem parte daquela luta interna que mencionei.
Sou servidora técnica-administrativa, há muitos anos, com
especialização, produção, etc etc etc. Acho, e sempre achei, um
absurdo o discurso que diz existirem CATEGORIAS na universidade: os
"funcionários", isto é, os técnico-administrativos, e os "docentes".
Somos todos SERVIDORES PÚBLICOS, com CARGOS diferenciados. Mas isto é
outra história.

Talvez, se a luta fosse, não o reajuste salarial (que duvido que saia)
ou aquilo que mais vem sido destacado, a luta pelo Plano de Carreira
Docente, mas pelo repasse dos 6% constitucionais, que iria dar,
inclusive, as condições físico-estruturais e salariais dignas para a
UERJ, o movimento tivesse um apoio maior da comunidade. Interna e
externa. Mas, discutir que os professores estão sofrendo, a qualidade
está caindo, que os pais, em vez de irem à assembléia que trata dos
interesses de seus filhos, deveriam ir à ALERJ para lutar por algo que
não lhe diz respeito de imediato, cai exatamente naquilo que, nas
discussões iniciais e na carta distribuída pela ASDUERJ com o apoio da
ANDES era tratado, em buscar o interesse individual em vez do
coletivo. E o pior, é tratar estes pais, muitos com a mesma ou maior
qualificação que tantos e tantos docentes da universidade, como
analfabetos políticos. (perdão Gabeira, usei seu termo)

É assim que se pretende lutar por uma universidade melhor, incluindo o
Colégio de Aplicação? O desrespeito não é a luta dos pais, seja por
que instrumento for (afinal, a greve também não foi um instrumento
usado? Contrário aos interesses dos pais? Por que esta luta tem que
ser considerada uma agressão? Moção de repúdio?), é não permitir o
diálogo oposto. Não existe diálogo em que só haja concordância. Isto é
monólogo!

Como me coloquei para os mais diversos pais, NÃO SOU CONTRA A GREVE.
Já fiz várias na UERJ, sem precisar ficar na linha de frente, fui
aquela massa que levou a greve nos pequenos atos, sustentando-a muitas
vezes. NÃO SOU CONTRA O REAJUSTE. Também estou sem aumento há muitos
anos, como todos (se ouvir de algum SERVIDOR docente que eu tive meu
Plano de Cargos, grito um nome bem veio! Não é esta a luta pelo PCD?).
Mas, para mim, greve é ocupação, não isto que estamos vendo.

Só para finalizar. Nos meus muitos e muitos anos de experiência dentro
da instituição, sei que, no que se refere à reposição de aulas na
graduação, onde muitos professores deixaram de dar suas aulas, ainda
que, curiosamente, tenham vindo para dar aulas nos cursos de pós (pelo
que sabemos, TODOS os cursos de pós-graduação funcionaram, além dos
seminários nacionais e internacionais, vestibular, concurso para o CAP
(?) com cerca de 2000 concorrentes, entre outras tantas atividades de
pesquisa), não se dará da mesma forma que no Colégio de Aplicação.
Digamos que, no campus Maracanã, naquele prédio de concreto que se
transforma numa verdadeira filial do inferno no verão, os professores,
alguns bastante calorentos, não darão suas aulas diárias, optando pela
realização de trabalhos a serem entregues nas suas salas, por debaixo
das portas, ou por e-mail, ou seminários dados todos em um mesmo dia.
Quanto às crianças do CAP, deverão suportar o calor do verão, longe de
seus amigos e familiares, longe das férias, mas que poderão se
orgulhar de dizer que, heroicamente, lutaram pelo PCD! Assim, seus
pais e eles mesmos poderão olhar seus professores nos olhos. Agora, só
nos cabe ficar cabisbaixos, envergonhados. Ora, quem está sendo hipócrita?


Que me desculpem aqueles professores que têm consciência desta
situação absurda. Não é vcs que me dirigo. Dirijo-me à todo aquele que
não consegue enxergar um palmo diante do nariz, ou além de seu próprio
umbigo. De novo, me desculpem os que usaram esta comparação antes.
Talvez eles não tenham percebido que também estão olhando para baixo.

Jacqueline Ventapane

Sr Lúcio,
Confesso que estou decidida a estar no meu direito de dar um ponto final ao que já está se tornando chato. Isto para ser bem legal. A culpa não é de ninguém, mas esse negócio de ficar no PC respondendo e escrevendo e depois o povo tentar dar lição de moral é chato! Assim terminamos felizes todos. pois concordamos que somos parceiros dos profesores do CAP.

Até ...só ao vivo. este espaço perdeu o sentido! ficar aqui escrevendo para vocês é fata do que fazer. Gostava quando ainda acreditávamos grupos .... Vou fazer o que a MAIORIA está fazendo ...Fui ( a maioria foi sem nunca ter vindo).

Estou em cima do muro? A favor do meu filho e contra os professores ou contra o meu filho e a favor dos professores. É tudo muito complicado. Pois estou a favor dos dois... Acho que essas ações são boas para que possamos debater. Pois, deveríamos encontrar uma maneira de ajudarmos os professores sem que prejudicassem tanto os nossos filhos. Deram uma idéia de os professores voltarem a trabalhar e dentro da escola articular horários para que possam desenvolver ações voltadas para as reivindicações. Exemplo. Trabalharem 3 vezes na semana e os outros 2 dias fazerem manifestações, envolvendo até os pais e os alunos, para cobrarem do governador melhorias para os professores e para a instituição. Não sei se é utópico, se é eficaz, se é possível, mas já é uma idéia... Não custa tentar... Temos que debater e encontrar uma solução o mais rápido, porque esta greve pode durar por mais 2 meses. E aí?... Será que é justo termos o calendário diferente do restante das outras instituições? E o ano letivo, os vestibulares, concursos, férias,... São muitas questões envolvidas e prejuízos que devem ser questionados e debatidos. Sei que é complicado, então que medidas tomar, sem ser o caminho da greve? ... SOU POR UMA SOLUÇÃ JÁ !!!!